terça-feira, 17 de junho de 2014

Marinduque, Filipinas, 24 de março de 1996

Fonte: http://hugomaioconsultoriaambiental.com/2012/01/10/desastres-ambientais-parte-ii/


O acidente ocorreu em 1996 na mina tóxica da Marcopper e tornou-se o maior desastre industrial nas Filipinas. 

Em Março desse ano, derrames tóxicos provenientes de uma mina de cobre, que pertencia maioritariamente à empresa canadense, causaram inundações em larga escala e enormes danos nas populações vizinhas de Luzon. 

A maior controvérsia surgiu com o derrame de resíduos de uma mina, em Boac, Marinduque. Marinduque é a menor província da Região 4, região Sul de Tagalog, em Luzon. A sua população era de cerca de 230.000, em 1995.

Em 24 de Março de 1996, resíduos tóxicos das minas foram descarregadas, a uma taxa entre 5 e 10 metros cúbicos por segundo, nos rios Makulapnit e Boac. 

Estimou-se que a quantidade total de lamas com origem nas minas derramado nos rios foi de 1,5 milhões de metros cúbicos.



Os derrames tóxicos causaram de imediato inundações que isolaram cinco populações, com aproximadamente 4.400 pessoas, ao longo do rio Boac. 




Uma aldeia, Barangay Hinapula, foi enterrada por cerca de sete palmos de lama e inundações levaram 400 famílias a fugir para terrenos mais elevados. 

As suas fontes de água potável foram contaminadas, enquanto peixes, camarão de água doce e porcos morreram. 

Foi necessária ajuda aérea para fornecer alimentos, água e assistência médica às aldeias isoladas e os moradores de 20 aldeias, das 60 de toda a província, foram aconselhados a evacuar as suas comunidades. 

O rio Boac, com uma extensão de 27 Km, que era a principal fonte de sustento para aqueles que não faziam parte da força de trabalho de cerca de 1.000 pessoas da Marcopper, foi declarado como morto pelo governo.

Em 17 de Abril de 1996, o Departamento de Saúde surgiu com um relatório onde dizia que os moradores dessas zonas já poderiam ter incorporado no seu organismo quantidades de zinco e cobre, que estariam acima dos limites toleráveis. 

Nove residentes apresentavam zinco na constituição do sangue 200 % acima dos níveis seguros. 

E, amostras de água revelavam níveis excessivos e perigosos de contaminação, 1300 % acima do nível humano tolerável de 0,5 microgramas por 1/1000 L de água. 

Os moradores também reclamaram o aparecimento de irritações na pele e problemas respiratórios que poderiam ter sido causados ​​pelos vapores venenosos emitidos pelo sulfeto de hidrogênio e óxido nitroso, a partir dos resíduos das minas.

Texto adaptado

Nenhum comentário:

Postar um comentário